sábado, 2 de abril de 2022

Água Limpa

 


Isaurinha chegou em casa preocupada e foi logo dizendo à sua mãe: 

-Mamãe, a professora disse que devemos ser como a água limpa. Pediu para comentarmos isso em casa e trocar ideias com as mães e com os pais, porque amanhã faremos um debate na classe sobre isso. 

-Hummmmmm... disse D. Sonia, vamos pensar bem, filha, para que você não fale nada errado amanhã... é bom saber a opinião de seu pai também. 

Impacientes, elas esperaram Alberto chegar, tomar banho e durante o jantar foi Isaurinha quem lhe disse: 

-Papai, a professora disse que devemos ser como a água limpa. O que quer dizer isso? 

-Pense um pouco, filha... respondeu Alberto. 

A menina pensou, pensou e respondeu: 

-Não sei, pai. Passei a tarde toda tentando descobrir... está difícil. 

O Sr. Alberto perguntou então: 

-A professora não deu nenhuma pista?

-Não, pai. Será que ela quer dizer que é pra gente tomar banho? 

-Não, filha, não é não. Você não desconfia o que a professora quer dizer, Sonia? 

-Não desconfio não. Sou ruim de pensamento - respondeu Sonia. Mas acho que ela quer dizer que é para sermos bons. 

De repente, Isaurinha, falou alto, toda animada: 

-Já sei pai! Tive uma boa ideia! Vou à casa do nosso vizinho, o Sr. Otávio, pai da Francisquinha. Ela me disse que ele é como filósofo, sabe tudo sobre a vida. 

-Boa ideia mesmo, filha! Respondeu o Sr. Alberto. Vá sim. 

E, terminando o jantar, ela foi à procura do vizinho. 

Foi ele mesmo quem veio atendê-la. 

-Olá, querida, o que deseja? Perguntou gentilmente. 

-Olá, Sr. Otávio. Não desejo atrapalhar. Só quero lhe fazer uma pergunta. 

Fazendo com que Isaurinha entrasse, Otávio respondeu: 

-Pergunte o que quiser. Se eu souber, responderei com prazer. 

Isaurinha, assim falou: 

-Sabe o que é, Sr. Otávio, a minha professora disse que devemos ser como a água limpa. Amanhã ela perguntará para nós o que isso quer dizer... eu, papai e mamãe estamos em dúvida... resolvi então perguntar ao senhor. 

-Vejamos... - começou Otávio. Água limpa é transparente, sem terra. 

-Uai... - interrompeu a menina. Devemos ser transparentes?! 

Otávio sorriu. 

-Não querida, não quis dizer isso. Trata-se do seguinte: nossa maneira de ser tem que ser limpa como a água pura. Temos que ser sinceros e bons, responsáveis e honestos com todas as pessoas. Se somos assim, somos como a água pura. A água pura só faz bem. 

-Hummmmmm... acho que estou entendendo - disse a menina. Nada de mentir, de fazer malvadezas, nada de ser mal educada, preguiçosa... não deixar tarefa sem fazer... é isso? 

-Acertou em cheio, Isaurinha. Você é inteligente- respondeu o bom homem. 

E prosseguiu:

-Não importa se somos brancos, negros, altos, baixos, gordos, magros, ricos ou pobres. O que importa de verdade é termos a pureza da água no coração. 

-Fácil, fácil! - respondeu a garota, toda entusiasmada. Obrigada, Sr. Otávio, obrigada! O senhor me ajudou muito e possui o coração puro como a água. Já sei o que vou falar amanhã na escola. 

Ele sorriu feliz por tê-la ajudado e beijou a fronte de Isaurinha, dizendo-lhe: 

-Volte sempre. 

-Voltarei sim, amigo - respondeu a menina. Boa noite. 

Trocando um aperto de mão, despediram-se. 

No dia seguinte, Isaurinha saiu-se tão bem no debate escolar, que, ao chegar em sua casa, apanhou a rosa mais linda do jardim e levou-a com grande alegria ao bom vizinho. 

Ele, emocionado, guardou-a com carinho, para sempre. 

Dizem que hoje, apesar dele estar morando com Jesus, pois, já partiu desse mundo, seus familiares conservam a rosa que ele tanto amou. 

É... nada como ser bom! 

Maria Nilceia


quinta-feira, 24 de março de 2022

Sua Família Vai Bem?

 


Era uma vez uma garota chamada Lili. Ela não gostava de sua linda família. Achava sua mãe ruim, seu pai chato e seu irmão, Juninho, intrometido. Brigava com todos e falava mal de sua família aos vizinhos e parentes. 

Ela só não falava que a maioria das confusões era ela que armava. Tudo tinha que ser do seu jeito. Se não fizessem como queria, pobres de seus pais e de seu irmão... O coitado do Juninho era o que mais sofria. Ela batia nele sem dó. 

Nas férias, seus pais queriam passear numa cidade que não tinha praia. É que lá morava uma tia de seu pai, muito velha e que estava doente. Como não se viam há tempos, os pais de Lili resolveram aproveitar a ocasião para revê-la. Ficariam fora tres dias. 

Lili esperneou, gritou, queria ir numa cidade praiana. Seus pais lhe explicavam que não tinham o dinheiro suficiente. Ela não lhes dava ouvidos e brigava sem parar. Disse que não iria e que ficaria na casa da vizinha, já que sua amiguinha Lolita havia convidado-a para ficar lá se não quisesse viajar. 

Não teve jeito. Não foi mesmo viajar com os pais e o irmão. Ficou na casa da Lolita. Só que lá, passou a reparar... casa suja, tudo desarrumado, baratas... isso sem falar nas brigas... Lembrou-se então de sua casa limpinha, de sua cama sempre cheirosinha... teve saudades não só de sua casa, mas também de sua família. 

Entendeu que seus pais tinham grande paciência com ela. Não via a hora que sua mãe, seu pai e seu irmão voltassem. Rezou para que o tempo passasse logo. 

Era uma segunda-feira e ela estava triste, não aguentava mais. Começou a chorar. De repente ouviu: Fom! Fom! Fom! Era a buzina do carro de seu pai. Saiu correndo e foi encontrá-los. Abraçou-os com grande alegria. Juninho pegou um embrulho dentro do carro e disse-lhe: 

-Lili, veja o que eu trouxe para você. Eu que pedi ao papai para comprar, pois sei que você gosta muito. 

Feliz, deu-lhe o presente. A garota agradeceu, abriu o pacote e arregalou os olhos, não cabendo em si de contentamento. Era uma caixa de trufas, o doce que ela tanto gostava. Abraçando o irmão, entraram em casa sorrindo e conversando como grandes amigos.

Daquele dia em diante ela mudou muito e compreendeu que seus pais eram bons e que seu irmão a amava. Passou a valorizar sua família. 

Na semana seguinte, na aula de Português, a professora pediu para os alunos fazerem uma redação com o seguinte título: A Família.

Lili fez uma linda redação e no final escreveu: “Família unida brilha na Terra e no Céu.” A professora gostou bastante e leu a redação para a classe toda. 

Quem diria, heim?! É isso aí galera, família tem que ser unida pra valer! 

Maria Nilceia


segunda-feira, 22 de fevereiro de 2021

Não Podemos Esquecer

 


Um dia, a professora Sílvia disse aos seus alunos:

- O corpo é como um carro.

- Como assim? Perguntou a criançada.

- Com ele vamos pra lá e pra cá... Respondeu ela sorrindo, indo pra lá e pra cá.

Paulinho, brincando falou:

- Mas no carro vai combustível...         

-Vai sim, respondeu a professora. Todavia, nós não precisamos disso e sim de outras coisas. Vou explicar direitinho.

E prosseguiu:

- É necessário lembrar todos os dias que temos unhas, cabelos, pés, mãos, pele. É muito importante também não esquecer que temos escondidinhos dentro de nós o coração, fígado, estomago, etc. Pois bem: Se cuidarmos de nos alimentar corretamente, os nossos escondidinhos ficarão também alimentados e funcionarão corretamente. Entenderam? Não precisamos de gasolina, mas sim de alimentação certa.

- Tia Sílvia, perguntou Paulinho - então nossos escondidinhos são como peças de motores?

- Isso mesmo! Muito boa a sua comparação. Tem mais: assim como o carro possui vidros e espelhos e os mesmos devem ficar limpinhos para que o motorista enxergue e dirija bem, nossos cabelos, olhos, nariz, boca, ouvidos, mãos e pés também precisam estar limpos para que o conjunto todo funcione bem.

Paulinho, sempre disposto a arriscar uns palpites, logo disse:

- Ah, então é por isso que o Dunga e sua família, que são meus vizinhos, andam com aspecto de doentes. Mamãe disse que os piolhos e os bichos de pé estão sugando o sangue deles...

Sílvia respondeu:

- Sua mãe tem razão, Paulinho.

E, olhando para os demais alunos, esclareceu:

- Cuidados fundamentais são necessários para com o nosso corpo, ou seja, se lavamos bem os pés, a cabeça, escovamos os dentes, cortamos as unhas, mantemos a higiene das mãos, lavando-as diariamente e não só na hora do banho, fica difícil dos agressores nos atingirem e assim estaremos livres de piolhos, vermes e tantas outras coisas.

Uma aluninha, a Adriana, sempre bem educada e que vinha às aulas todos os dias arrumadinha, ergueu a mão e pediu permissão para falar.

Sílvia, ao ouvir seu pedido, logo respondeu:                                

- Fale, querida, você é como um anjinho, só nos diz coisas boas.

- Sabe, professora, gostaria de acrescentar que outro dia li num livro que se cuidamos de nosso corpo, Deus fica contente conosco, pois estamos tratando bem o que Ele nos deu com tanto amor, para vivermos na Terra uma vida feliz.

- Certíssimo, meu amor! Parabéns!!

E, olhando no relógio, viu que o tempo havia se esgotado. Então disse:

- Apenas para encerrar a aula de hoje, acrescento que, corpo e alma são unidos e todo aquele que cuida só da alma ou só do corpo, está agindo errado. Temos que cuidar dos dois para vivermos bastante. Combinado que faremos sempre assim?

- Combinaaaaaaaaado!! Respondeu em uníssono a criançada.

 

Maria Nilceia


domingo, 3 de janeiro de 2021

Amizade é Importante

 


Regininha pensava somente em si mesma. Assim, queria estar sempre em primeiro lugar em todas as ocasiões. Não aceitava dividir oportunidades com ninguém. Quando chamava alguma amiguinha para brincar, pegava quase todos os brinquedos, deixava só um pouco para a companheira. Por pouca coisa ficava brava e então... tomava os brinquedos da amiga, que, ficava triste e amuada num cantinho. 

Na escola, pegava sem pedir, lápis, borracha, canetinhas dos colegas e não ligava para devolver. No recreio brigava, encrencando por pouco com outras crianças. Punha defeitos em todos e costumava fazer caretas para as pessoas, mostrando-lhes a língua. 

Sabem, amiguinhos, porque ela era assim?

Porque seus pais não lhe mostravam a necessidade de ter boas maneiras, não aproveitavam as chances para ensiná-la, faziam todos os seus gostos. Mas... tudo o que fazemos, provoca bons ou maus efeitos, não é mesmo? Quem semeia laranja colhe laranja e não maçã. Quem planta o mal colhe o mal. Quem planta o bem colhe o bem. 

Olhem só em que se transformou a vida da menina.

As mães de suas amiguinhas, ao verem que elas chegavam tristes em casa, acabaram tomando conhecimento das maldades de Regininha. Proibiram suas filhas de irem brincar com ela e não quiseram saber mais de Regininha dentro de suas casas. Na rua, evitavam até olhar para a menina. Na escola, a professora tratou de tomar providências. Proibiu-a de pegar material dos colegas. No recreio, ninguém mais desejou ficar perto dela e Regininha não tinha com quem conversar. Passou a sentir-se muito sozinha. Ficou conhecida como a “menina briguenta”. 

Certo dia, em que não aguentava mais essa situação, resolveu pedir conselhos para a professora, pois, tia Amália, apesar de enérgica, nunca deixava de dar bons conselhos. Dirigindo-se a ela, disse: 

- Tia Amália, preciso de sua opinião. Não sei mais o que fazer. Não tenho amiguinhas. 

Amália respondeu:

- Se você não tem amigas, é porque não sabe ser amiga. Pense seriamente nisso e verá que tenho razão. As pessoas que pensam somente em si mesmas, que maltratam o semelhante, acabam ficando sozinhas. Mude a sua maneira de ser, caso deseje ser amada. 

Regininha ficou pensativa durante vários dias. Concluiu que a professora estava com a razão. Tentou, então, planejar algo que agradasse as demais crianças. Estava sentindo a dor da solidão. Teve uma ideia e tratou de colocá-la em prática. Com a permissão de tia Amália, levou bolo, salgadinhos e docinhos, além de um saquinho de surpresas para cada colega. Em cada saquinho colocou, além de presentinhos, um bilhetinho amigo, onde se lia o seguinte:

Que bom vê-lo(a) em minha festinha de aniversário. Você é muito importante para mim. Obrigada por tudo.

Todos gostaram da atitude de Regininha e perceberam que agora em seu coração existia o que nunca tinham visto antes nela, ou seja, amor acompanhado de amizade!

Regininha realmente se transformou. Não brigou mais, passou a ser amiga sincera de todos. Pois é...ela aprendeu a ser uma garota legal a duras penas. Hoje possui muitos amigos e... é bastante feliz!

Maria Nilceia


domingo, 20 de setembro de 2020

Ser Gentil


Zizi era uma menina briguenta, nem um pouco gentil e só armava confusão. Seus pais lhe ensinavam boas maneiras, mas, ela não lhes dava ouvidos. Brigava com as outras meninas, e ai de quem a enfrentasse... Acabava apanhando.

 

Certo dia, uma garota de apelido Naná ia passando em frente a casa de Zizi, Naná parou para admirar uma florzinha que havia nascido sob a árvore, em frente a casa de Zizi. Achou-a linda e desejou apanhá-la para oferecer à sua avó que estava doente. Não percebeu que Zizi estava na porta. Abaixou e com cuidado começou a puxar a flor.

 

Zizi aproximou-se furiosa, gritando:

 

-Quem mandou você apanhar a flor?! Vai ver só!

 

E, com brutalidade, empurrou-a.

 

A menina, tentando se equilibrar, acabou torcendo o pé e caiu.

 

Devido a dor, Naná começou a chorar e não conseguia levantar. Então aconteceu o que Zizi jamais esperava que poderia acontecer.

 

O Dr. Alécio, seu vizinho, nesse exato momento, saiu para ir ao hospital. Presenciou a cena de Naná chorando, sem conseguir levantar. Ele, compadecido, foi logo acudindo a garota. Perguntou carinhosamente:

 

-O que aconteceu, querida?

 

-Eu estava arrancando essa florzinha para oferecer a minha avó que está doente. Aí, essa menina me empurrou, e eu caí, torcendo o pé. Está doendo muito, não consigo ficar em pé.

 

O médico, bondosamente, terminou de apanhar a flor, deu-a à Naná e pegou-a no colo para levá-la ao pronto-socorro. Antes de colocar Naná no carro, virou-se para Zizi, dizendo-lhe:

 

-Será que vale a pena ganhar pela força, Zizi? Como vizinho seu que sou, sei de suas maldades. Conversarei com sua mãe sobre você.

 

E prosseguiu:

 

-Sabe, Zizi, é preciso ter Jesus no coração. É muito feio agir como você age. Acabará se tornando uma menina antipática.

 

E, em seguida, partiu com Naná rumo ao hospital. Zizi passou o dia todo calada e com medo que o doutor falasse com sua mãe. Sabia que ele gostava das coisas certinhas, e, com certeza, faria o que havia prometido. No final da tarde, o Dr. Alécio, realmente chegou na casa de Zizi. Foi a Sra. Fátima, mãe da garota, que o atendeu. Convidou-o a entrar. Com muita atenção e boa vontade, ouviu o relato do médico. Quando o médico terminou de contar o ocorrido, Fátima perguntou-lhe:

 

-Doutor, o que sugere que eu faça? Tenho ficado muito preocupada com minha filha. Não aprovo de maneira nenhuma as atitudes dela.

 

O médico sugeriu:

 

-Fátima, minha opinião é que você leve Zizi até a casa de Naná para pedir desculpas. E também, deve lhe dar algum encargo que mostre a necessidade de ser gentil. Além disso, faça com que sua filha freqüente as aulas de Evangelização Infantil. É muito importante participar dessas aulas. As crianças, ao fazerem a Evangelização, aprendem como ter um coração valoroso e suas almas passam a brilhar como lindas estrelinhas.

 

-Agradeço muito, Dr. Alécio, a sua preocupação. Pode ter certeza que farei tudo o que me aconselhou. Afinal, o que mais desejo é ver minha filha no caminho do bem.

 

Após a retirada do médico, Fátima chamou Zizi e lhe disse:

 

-Nosso vizinho veio me contar o que aconteceu hoje pela manhã. Preste bem atenção no que lhe falarei: chega de ser briguenta! Amanhã levarei você até a casa da menina que empurrou e lhe pedirá desculpas. Além disso, passo-lhe como tarefa o seguinte: toda manhã, durante uma semana, você sairá em frente de casa, e a primeira pessoa que passar receberá de suas mãos uma flor.

 

Com firmeza, terminou:

 

-Além disso, sem mais demora, começará a frequentar as aulas de Evangelização Infantil.

 

Sabem qual foi a primeira pessoa que Zizi encontrou no dia seguinte? Adivinhem! Isso mesmo, o Dr. Alécio! A menina, sob o olhar de sua mãe, ofereceu-lhe a flor. O médico, aprovando a atitude da garota, dirigiu-lhe um sincero sorriso. Após pegar a flor, abaixou até Zizi e lhe deu um beijo, dizendo:

 

-Obrigado, Zizi! Você fica linda quando pratica boas ações! Continue assim, querida!

 

Zizi sentiu-se alegre. Antes de ir com sua mãe à casa de Naná, pediu:

 

-Quero levar uma flor para ela também.

 

E assim, foram até onde a garota morava. Naná, ao ouvir o pedido de desculpas de Zizi, deu-lhe um sincero sorriso, e, ao ganhar a flor, agradeceu feliz. Sabem o que acabou acontecendo? As duas ficaram grandes amigas. Nada como ser gentil, não é mesmo?

 

Maria Nilceia


terça-feira, 25 de agosto de 2020

Egoísmo, Péssimo Companheiro

  

        Queridas crianças, vocês sabem o que é egoísmo?

        Egoísmo é um dos piores defeitos de muita gente. A pessoa egoísta é aquela que deseja tudo para si e não divide nada com ninguém. Existem adultos egoístas, jovens egoístas e também crianças egoístas.

        Esse é o caso de Renato.

        Mas não é o seu caso, não é mesmo?

        Pois bem, Renato era um menino que jogava futebol todas as tardes no clube da cidade. Sempre conseguia fazer gols.

        Por isso mesmo deixou que o egoísmo crescesse em seu coração. Isso só veio prejudicá-lo. Em campo, fazia prevalecer sua opinião e não aceitava sugestões dos companheiros. Como capitão que era, gritava com todos como se somente ele fosse dono da verdade. Seus amiguinhos começaram a deixar de admirá-lo e pegaram aversão por ele.

        Faziam os comentários mais negativos possíveis, tais como:

        -Renato pensa que é esperto, mas não é.

        -Ele ainda vai arrumar confusão!

        -Vamos nos unir e ficar na marcação dele.

        -Isso mesmo, afinal quem ele pensa que é?

        -Não é mais do que ninguém.

        -É apenas um egoísta que não divide oportunidades conosco.

        E assim o tempo passava e mais inimigos Renato fazia.

        No jogo que participou por ocasião do aniversário do clube, arrumou briga com o juiz e bateu o cotovelo de propósito no estômago de Niquinho, do time adversário. Aprontou pra valer e devido ao seu temperamento difícil, seu time acabou perdendo.

        Seus parceiros ficaram furiosos, pois, se ele tivesse passado a bola ao Eduardo nos instantes finais, com certeza o gol de empate teria acontecido, já que a posição de Eduardo estava mais favorável ao gol. E daí a vitória não teria sido impossível.

        O time perdeu a premiação e seus companheiros ficaram inconformados.

        Comentavam:

        -O que adianta continuar com Renato como capitão?

        -Não dá mais, ele se tornou antipático, com seu egoísmo.

        E resolveram falar com Marcílio, o treinador do time. Após algum tempo de conversa, ficou decidido que o novo capitão do time seria Eduardo, garoto respeitador e educado. Podia até não fazer tantos gols como Renato, mas tinha mais visão de conjunto.

        E assim, Renato deixou de ser o capitão. Após essa dura lição, o menino compreendeu que quem não sabe fazer amigos, amigos não tem.

 

Teste do Egoísmo

 

        Vamos fazer o teste do egoísmo? Faça um X na resposta que você escolher, de cada questão:

 

       1. Você compra balas sempre que tem vontade. Mas, certo dia, você não tem nenhuma bala. De repente, acha uma bala embrulhadinha em frente sua casa. Quando você pega a bala, justo naquele momento, está passando uma criança pobre. Ela olha a bala e você percebe que ela tem vontade de chupar aquela bala. O que faz?

(  ) Fica com muita pena, mas não dá a bala.

(  ) Dá a bala à criança, lembrando que poderá comprar outras.

 

       2. Sua mãe fritou batatinhas. Você chega para almoçar e traz um amiguinho(a) para almoçar em sua casa. Você está com muita vontade de comer todas aquelas batatinhas. O que faz?

(  ) Divide-as em partes iguais com seu amiguinho(a).

(  ) Deixa a menor parte para ele(a).

 

       3. Você tem seus brinquedos. Várias crianças estão em sua casa para brincar. Uma das crianças fica sem nenhum brinquedo, não sobrou para ela. Ela fica triste num canto. O que você faz?

(  ) Convida-a para ser seu par, dividindo seus brinquedos com ela.

(  ) Não a convida, esperando que alguém faça isso.

 

       4. Você ganha uma quantia em dinheiro que dá para comprar duas bolas de sorvete. Chega na sorveteria e espera a sua vez de ser atendido(a). Enquanto espera, percebe que a senhora ao seu lado pergunta o preço da bola de sorvete. Vê que ela tira uma moedinha do bolso. Escuta quando diz à funcionária: não vou tomar sorvete, minha moedinha não é suficiente para pagar nem uma bola. O que você faz?

(  ) Fica em silêncio e não paga uma bola para ela.

(  ) Sente dó e resolve tomar uma bola só e pagar uma para ela.

 

       5. Sua mãe está com gripe. Pede para você guardar a louça do almoço. Você detesta guardar louça. O que faz?

(  ) Compreende que sua mãe está doente, precisando de ajuda e guarda a louça.

(  ) Reclama e resolve não guardar. 

 

       Atenção: Se nas 5 questões você ajudou as pessoas, parabéns! Você não é egoísta. Com certeza, terá muitos amigo

quarta-feira, 1 de julho de 2020

Como Está Seu Quarto?



        Tatiana é filha do casal Marinete e Teobaldo.
        O papai Teobaldo e a mamãe Marinete fizeram muita economia para conseguir montar um quarto bonito para Tatiana, quando ela nasceu. Tudo lindo! Vários brinquedos... Mas, conforme Tatiana foi aprendendo a andar e crescendo, foi ficando muito bagunceira. Marinete limpava, limpava, deixava o quarto cheirosinho, mas... coitada! Daí a pouco, tudo desarrumado...
        A menina vivia escutando de sua mãe:
        -Tatiana, não deixe o prato no chão. E esse copo? O lugar é na cozinha. Por favor, coloque seus brinquedos na caixa. Filha, toda criança deve cuidar bem de seu quarto e de seus pertences. Não é fácil juntar dinheiro para comprar móveis, roupas, brinquedos. Se não cuidarmos tudo acaba estragando.
        Ela respondia:
        -Ah, mãe, sou muito nova para trabalhar!
        -Mas filha, não estou pedindo para você trabalhar. Quero apenas que cuide do que é seu. Ontem largou até restos de comida no chão.  Juntou tanta formiga... Como é feio ser relaxada! Aliás, você me contou que sua professora ensinou que as crianças descuidadas só têm a perder com isso.
        -Mãe, pare de implicar... Deixe-me viver em paz, arrume alguém para ajudar!
        -Filha, você sabe que não temos condições.... E depois, mesmo as empregadas, não têm obrigação de pegar restos no chão.
        E prosseguia dizendo:
        -Qualquer dia você vai passar vergonha.
        Sem nunca conseguir convencer a filha, pacienciosamente punha-se a limpar o quarto de Tatiana.
        O tempo passou e Tatiana já estava com sete anos. Marinete decidiu arrumar um emprego, o dinheiro que o marido ganhava era pouco. Conseguiu empregar-se como secretária de um advogado.
        A vovó Lindaura vinha todos os dias tomar conta de Tatiana. Como já era velhinha, não tinha condições de colocar a casa em ordem. Marinete, coitada, trabalhando o dia todo, não podia mais se dedicar tanto à limpeza. Cansada, passou a fazer a faxina somente aos sábados. O quarto de sua filha, durante a semana, ficava horrível.
        Certa ocasião, Tatiana contraiu uma gripe e teve que faltar três dias da escola. Sua professora, Doroti, preocupada, resolveu ir à casa da menina ver o que estava ocorrendo. Afinal, não era longe.
        Ao apertar a campainha, D. Lindaura veio atendê-la. Com gentileza, a boa velhinha disse:
        -Boa tarde. O que deseja?
        -Sou Doroti, professora da Tatiana. Vim saber porque ela está faltando da escola.
        -Ela pegou uma gripe. Mas já está quase boa. Quer entrar para vê-la?
        -Quero sim. Fiquei preocupada.
        -Entre. Ela está no quarto. Vamos até lá.
        Quando Doroti entrou no quarto de sua aluna, até assustou, tamanha era a desordem. Nada estava no lugar. Todavia, nada disse. Com afeto beijou Tatiana e perguntou como ela estava.
        Tatiana, vermelha de vergonha, respondeu que tinha melhorado e que no dia seguinte iria à escola. Como se não bastasse, aconteceu o pior.
        Doroti não reparou numa casca de banana perto da porta do quarto e na hora de ir embora, levou um tremendo dum escorregão. Não conseguiu se equilibrar e... o tombo foi feio.
        A menina, pedindo muita desculpa, ajudou a professora levantar.
        Doroti, disse que não tinha sido nada. Tatiana, entretanto, percebeu que ela havia machucado o cotovelo, ao batê-lo com força no criado-mudo próximo à porta. Viu que a professora não conseguiu segurar as lágrimas devido à dor.
        D. Lindaura, ao acompanhá-la até o portão, desculpou-se com a mestra.
        Após a saída de Doroti, quem chorou a valer, foi a menina; chorou de vergonha pelo seu relaxo.
        Até esqueceu que estava saindo de uma gripe. Rapidamente, colocou tudo no lugar e limpou o chão, propondo para si mesma deixar as coisas no lugar daquele dia em diante.
        E assim realmente fez. Hoje, após brincar, estudar e comer, Tatiana arruma direitinho seu quarto.
        Só que... nunca mais esqueceu o tombo da professora. E sempre que lembra disso fica muito chateada. É... ouvir a mamãe sempre é bom...

        Maria Nilceia


segunda-feira, 22 de junho de 2020

Preciso Ajudar Mamãe




        Hoje, vou contar-lhes a história de Cíntia, filha de D. Paula.
        D. Paula trabalhava bastante, lavando e passando roupas de várias pessoas, que todos os dias chegavam com grandes trouxas em sua casa.
        Sua intenção era juntar dinheiro para comprar uma televisão.
        Sua filha Cíntia não gostava de ajudar, só queria saber de brincar.
        -Cíntia, venha me ajudar a recolher a roupa... Vai chover e os varais estão cheios! Dizia a mãe à filha.
        -Já vou mãe, deixe-me fazer mais algumas bolinhas!
        Mas... a menina não ia. D. Paula tinha que recolher tudo sozinha.
        Esse era o grande defeito de Cíntia: não gostava de auxiliar, era preguiçosa.
        Depois de muito lavar e passar, a Sra. Paula conseguiu juntar o dinheiro necessário para comprar a televisão.
        E assim, chegou feliz em casa naquele dia. Chamou a filha e lhe disse:
        -Cíntia, comprei a televisão. Só que ela vem de outra cidade, porque na loja daqui está em falta. Eles mandaram buscar.  O caminhão trará amanhã. Se você escutar alguém batendo na porta, avise-me, pois, se eu estiver lá no tanque lavando roupas, pode ser que não escute.

Sra. Paula lavando roupas

        Se não abrirmos a porta, a televisão será levada para a loja e só será trazida quando o caminhão tiver que fazer mais alguma entrega.
        -Que bom! Que bom! Não precisarei mais ir à casa da vizinha para assistir televisão!
        Ter uma televisão era o que ela mais queria.
        No dia seguinte, chegou o caminhão.
        D. Paula estava lavando roupa. Com o barulho da água, não ouviu as batidas de palmas. Cíntia estava deitada em sua cama e ficou com preguiça de levantar. Achou que não era o caminhão. Continuou deitada.
        E o motorista... deu a partida!
        De repente... Cíntia, ao prestar atenção no barulho da partida, percebeu que era o caminhão, e que o mesmo já estava indo embora. Pulou da cama, correu, abriu a porta, gritou para o motorista. Não adiantou. Ele não ouviu e virou a esquina, voltando à loja.
        Cíntia se pôs a chorar arrependida. Havia planejado assistir em casa um programa tão legal...
        -Ah! Preguiça inimiga! Disse ela. Vá para longe de mim, não te quero mais. De hoje em diante cumprirei meus deveres.
        E correu para o quintal. Soluçando, contou para sua mãe o que tinha acontecido. D. Paula respondeu:
        -Agora não adianta chorar...
        A menina olhou para o chão e viu quanta roupa para ser estendida no varal. Resolveu ajudar. Não queria mais ser preguiçosa:
        -Mamãe, vou auxiliá-la! Agora compreendo o quanto errei!
        É isso aí, amiguinho, ajude a mamãe sempre que ela precisar. Seu coração precisa brilhar com amor!

        Maria Nilceia

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