Zizi era uma menina briguenta, nem um pouco gentil e só armava confusão. Seus pais lhe ensinavam boas maneiras, mas, ela não lhes dava ouvidos. Brigava com as outras meninas, e ai de quem a enfrentasse... Acabava apanhando.
Certo dia, uma garota de apelido Naná ia passando em frente a casa de Zizi, Naná parou para admirar uma florzinha que havia nascido sob a árvore, em frente a casa de Zizi. Achou-a linda e desejou apanhá-la para oferecer à sua avó que estava doente. Não percebeu que Zizi estava na porta. Abaixou e com cuidado começou a puxar a flor.
Zizi aproximou-se furiosa, gritando:
-Quem mandou você apanhar a flor?! Vai ver só!
E, com brutalidade, empurrou-a.
A menina, tentando se equilibrar, acabou torcendo o pé e caiu.
Devido a dor, Naná começou a chorar e não conseguia levantar. Então aconteceu o que Zizi jamais esperava que poderia acontecer.
O Dr. Alécio, seu vizinho, nesse exato momento, saiu para ir ao hospital. Presenciou a cena de Naná chorando, sem conseguir levantar. Ele, compadecido, foi logo acudindo a garota. Perguntou carinhosamente:
-O que aconteceu, querida?
-Eu estava arrancando essa florzinha para oferecer a minha avó que está doente. Aí, essa menina me empurrou, e eu caí, torcendo o pé. Está doendo muito, não consigo ficar em pé.
O médico, bondosamente, terminou de apanhar a flor, deu-a à Naná e pegou-a no colo para levá-la ao pronto-socorro. Antes de colocar Naná no carro, virou-se para Zizi, dizendo-lhe:
-Será que vale a pena ganhar pela força, Zizi? Como vizinho seu que sou, sei de suas maldades. Conversarei com sua mãe sobre você.
E prosseguiu:
-Sabe, Zizi, é preciso ter Jesus no coração. É muito feio agir como você age. Acabará se tornando uma menina antipática.
E, em seguida, partiu com Naná rumo ao hospital. Zizi passou o dia todo calada e com medo que o doutor falasse com sua mãe. Sabia que ele gostava das coisas certinhas, e, com certeza, faria o que havia prometido. No final da tarde, o Dr. Alécio, realmente chegou na casa de Zizi. Foi a Sra. Fátima, mãe da garota, que o atendeu. Convidou-o a entrar. Com muita atenção e boa vontade, ouviu o relato do médico. Quando o médico terminou de contar o ocorrido, Fátima perguntou-lhe:
-Doutor, o que sugere que eu faça? Tenho ficado muito preocupada com minha filha. Não aprovo de maneira nenhuma as atitudes dela.
O médico sugeriu:
-Fátima, minha opinião é que você leve Zizi até a casa de Naná para pedir desculpas. E também, deve lhe dar algum encargo que mostre a necessidade de ser gentil. Além disso, faça com que sua filha freqüente as aulas de Evangelização Infantil. É muito importante participar dessas aulas. As crianças, ao fazerem a Evangelização, aprendem como ter um coração valoroso e suas almas passam a brilhar como lindas estrelinhas.
-Agradeço muito, Dr. Alécio, a sua preocupação. Pode ter certeza que farei tudo o que me aconselhou. Afinal, o que mais desejo é ver minha filha no caminho do bem.
Após a retirada do médico, Fátima chamou Zizi e lhe disse:
-Nosso vizinho veio me contar o que aconteceu hoje pela manhã. Preste bem atenção no que lhe falarei: chega de ser briguenta! Amanhã levarei você até a casa da menina que empurrou e lhe pedirá desculpas. Além disso, passo-lhe como tarefa o seguinte: toda manhã, durante uma semana, você sairá em frente de casa, e a primeira pessoa que passar receberá de suas mãos uma flor.
Com firmeza, terminou:
-Além disso, sem mais demora, começará a frequentar as aulas de Evangelização Infantil.
Sabem qual foi a primeira pessoa que Zizi encontrou no dia seguinte? Adivinhem! Isso mesmo, o Dr. Alécio! A menina, sob o olhar de sua mãe, ofereceu-lhe a flor. O médico, aprovando a atitude da garota, dirigiu-lhe um sincero sorriso. Após pegar a flor, abaixou até Zizi e lhe deu um beijo, dizendo:
-Obrigado, Zizi! Você fica linda quando pratica boas ações! Continue assim, querida!
Zizi sentiu-se alegre. Antes de ir com sua mãe à casa de Naná, pediu:
-Quero levar uma flor para ela também.
E assim, foram até onde a garota morava. Naná, ao ouvir o pedido de desculpas de Zizi, deu-lhe um sincero sorriso, e, ao ganhar a flor, agradeceu feliz. Sabem o que acabou acontecendo? As duas ficaram grandes amigas. Nada como ser gentil, não é mesmo?
Maria Nilceia