Hoje, vou contar-lhes a história de Cíntia, filha de D. Paula.
D. Paula trabalhava
bastante, lavando e passando roupas de várias pessoas, que todos os dias
chegavam com grandes trouxas em sua casa.
Sua intenção era
juntar dinheiro para comprar uma televisão.
Sua filha Cíntia
não gostava de ajudar, só queria saber de brincar.
-Cíntia, venha me
ajudar a recolher a roupa... Vai chover e os varais estão cheios! Dizia a mãe à
filha.
-Já vou mãe,
deixe-me fazer mais algumas bolinhas!
Mas... a menina não
ia. D. Paula tinha que recolher tudo sozinha.
Esse era o grande
defeito de Cíntia: não gostava de auxiliar, era preguiçosa.
Depois de muito
lavar e passar, a Sra. Paula conseguiu juntar o dinheiro necessário para
comprar a televisão.
E assim, chegou
feliz em casa naquele dia. Chamou a filha e lhe disse:
-Cíntia, comprei a
televisão. Só que ela vem de outra cidade, porque na loja daqui está em falta.
Eles mandaram buscar. O caminhão trará
amanhã. Se você escutar alguém batendo na porta, avise-me, pois, se eu estiver
lá no tanque lavando roupas, pode ser que não escute.
Sra. Paula lavando roupas |
Se não abrirmos a porta,
a televisão será levada para a loja e só será trazida quando o caminhão tiver
que fazer mais alguma entrega.
-Que bom! Que bom!
Não precisarei mais ir à casa da vizinha para assistir televisão!
Ter uma televisão
era o que ela mais queria.
No dia seguinte,
chegou o caminhão.
D. Paula estava
lavando roupa. Com o barulho da água, não ouviu as batidas de palmas. Cíntia
estava deitada em sua cama e ficou com preguiça de levantar. Achou que não era
o caminhão. Continuou deitada.
E o motorista...
deu a partida!
De repente...
Cíntia, ao prestar atenção no barulho da partida, percebeu que era o caminhão,
e que o mesmo já estava indo embora. Pulou da cama, correu, abriu a porta,
gritou para o motorista. Não adiantou. Ele não ouviu e virou a esquina,
voltando à loja.
Cíntia se pôs a
chorar arrependida. Havia planejado assistir em casa um programa tão legal...
-Ah! Preguiça
inimiga! Disse ela. Vá para longe de mim, não te quero mais. De hoje em diante
cumprirei meus deveres.
E correu para o
quintal. Soluçando, contou para sua mãe o que tinha acontecido. D. Paula
respondeu:
-Agora não adianta
chorar...
A menina olhou para
o chão e viu quanta roupa para ser estendida no varal. Resolveu ajudar. Não
queria mais ser preguiçosa:
-Mamãe, vou
auxiliá-la! Agora compreendo o quanto errei!
É isso aí,
amiguinho, ajude a mamãe sempre que ela precisar. Seu coração precisa brilhar
com amor!
Maria
Nilceia