segunda-feira, 22 de junho de 2020

Preciso Ajudar Mamãe




        Hoje, vou contar-lhes a história de Cíntia, filha de D. Paula.
        D. Paula trabalhava bastante, lavando e passando roupas de várias pessoas, que todos os dias chegavam com grandes trouxas em sua casa.
        Sua intenção era juntar dinheiro para comprar uma televisão.
        Sua filha Cíntia não gostava de ajudar, só queria saber de brincar.
        -Cíntia, venha me ajudar a recolher a roupa... Vai chover e os varais estão cheios! Dizia a mãe à filha.
        -Já vou mãe, deixe-me fazer mais algumas bolinhas!
        Mas... a menina não ia. D. Paula tinha que recolher tudo sozinha.
        Esse era o grande defeito de Cíntia: não gostava de auxiliar, era preguiçosa.
        Depois de muito lavar e passar, a Sra. Paula conseguiu juntar o dinheiro necessário para comprar a televisão.
        E assim, chegou feliz em casa naquele dia. Chamou a filha e lhe disse:
        -Cíntia, comprei a televisão. Só que ela vem de outra cidade, porque na loja daqui está em falta. Eles mandaram buscar.  O caminhão trará amanhã. Se você escutar alguém batendo na porta, avise-me, pois, se eu estiver lá no tanque lavando roupas, pode ser que não escute.

Sra. Paula lavando roupas

        Se não abrirmos a porta, a televisão será levada para a loja e só será trazida quando o caminhão tiver que fazer mais alguma entrega.
        -Que bom! Que bom! Não precisarei mais ir à casa da vizinha para assistir televisão!
        Ter uma televisão era o que ela mais queria.
        No dia seguinte, chegou o caminhão.
        D. Paula estava lavando roupa. Com o barulho da água, não ouviu as batidas de palmas. Cíntia estava deitada em sua cama e ficou com preguiça de levantar. Achou que não era o caminhão. Continuou deitada.
        E o motorista... deu a partida!
        De repente... Cíntia, ao prestar atenção no barulho da partida, percebeu que era o caminhão, e que o mesmo já estava indo embora. Pulou da cama, correu, abriu a porta, gritou para o motorista. Não adiantou. Ele não ouviu e virou a esquina, voltando à loja.
        Cíntia se pôs a chorar arrependida. Havia planejado assistir em casa um programa tão legal...
        -Ah! Preguiça inimiga! Disse ela. Vá para longe de mim, não te quero mais. De hoje em diante cumprirei meus deveres.
        E correu para o quintal. Soluçando, contou para sua mãe o que tinha acontecido. D. Paula respondeu:
        -Agora não adianta chorar...
        A menina olhou para o chão e viu quanta roupa para ser estendida no varal. Resolveu ajudar. Não queria mais ser preguiçosa:
        -Mamãe, vou auxiliá-la! Agora compreendo o quanto errei!
        É isso aí, amiguinho, ajude a mamãe sempre que ela precisar. Seu coração precisa brilhar com amor!

        Maria Nilceia

domingo, 21 de junho de 2020

Prece, Alimento da Alma




        Flavinho, menino guloso, gostava de almoçar e jantar bastante. Comia muitos doces, tomava sorvete sempre, enfim, estava sempre procurando algo para comer e nunca ficava satisfeito. Vivia aborrecido com tudo. Abria a geladeira a todo momento.
        Sua mãe, D. Vera, começou a ficar preocupada e resolveu levá-lo ao médico. Achou que o menino estava com vermes.
        Dr. Pedro examinou Flavinho e pediu vários exames. Tudo negativo. Pedrinho não tinha vermes, os exames acusaram saúde normal. Mas o garoto não parava de comer. Curioso... quanto mais ele comia, mais nervoso ficava. Brigava por pouca coisa, ninguém aguentava mais. D. Vera teve uma ideia e disse ao seu filho:
        -Flávio, você anda tão briguento, nervoso, come sem parar... isso é sinal que está infeliz. Vamos juntos pedir orientação à sua evangelizadora? Ela é boa e gosta de você. Quem sabe poderá dar conselhos que o ajudem, não é mesmo?
        Flavinho respondeu:
        -É sim, mãe. Ela sempre tem palavras adequadas para todos os casos.
        -Então vamos.
        E lá se foram os dois à procura de Sílvia, a evangelizadora.
        Sílvia, que conversava com Carol, sua amiga, pelo telefone, explicou que depois elas continuariam o bate-papo e despediu-se de Carol para atender Vera e Flavinho.
        Assim que os beijou, notando uma certa tristeza no olhar dos dois, percebeu que havia um problema a ser resolvido. E perguntou:
        -O que aconteceu, meus queridos?
        Vera disse:
      -Sabe o que é Sílvia, estou preocupada com o Flávio. Ele tem comido sem parar, mas não está doente; anda nervoso e briguento. Você poderia dizer algo para nos ajudar?
        -Posso sim.
        E, carinhosamente passou a mão na fronte do aluno, dizendo-lhe:
        -Flavinho, o que está acontecendo com você é muito simples. Você está alimentando somente o seu corpo e se esquecendo de alimentar a alma. Aliás, para alimentar o corpo, temos que gastar tanto, não é mesmo? Mas, para alimentar a alma, não temos que gastar nada, é só pedir e o alimento vem de graça, repleto de energias para dar-nos a verdadeira saúde.
        O menino arregalou os olhos e respondeu:
        -Tia Sílvia, não estou entendendo, que alimento é esse que a senhora está falando?
        A professora, abraçando Flavinho, explicou-lhe:
        -Querido, estou me referindo ao fato de que é preciso orar sempre. A prece é o alimento da alma. E, quem possui a alma alimentada, não fica nem briguento, nem nervoso.
        Ele sorriu para ela e pediu:
        -Então, tia Sílvia, ensine-me uma prece bem cheia de vitaminas espirituais; quero orar todos os dias, a começar de hoje.

        Prece da Tia Sílvia:
        “Jesus, peço-Vos bênçãos e luz!
        Mandai-me vitaminas espirituais, quero ser feliz, calmo, sorrir para todos e não brigar com ninguém, nem com mamãe. Desejo levar a paz por onde eu passar, doar amor a todas as pessoas, ser amigo de verdade das outras crianças, dar bons conselhos aos meus amiguinhos que cometem maldades; quero ajudar a Natureza, tratando bem os animais e os vegetais, não poluindo o solo, nem a água.
        Mestre, sou feliz por ver as estrelas, por sentir o calor do Sol todos os dias, sou feliz ao molhar os pés nos riachos, sinto-me alegre por poder sorrir e amar.
        Obrigado por eu ter oportunidades de  correr, brincar e cantar.
        Obrigado, Jesus, por ouvir minha prece e me ajudar.
        Assim seja!”

        Maria Nilceia


Deus, o Criador




Existe alguém que é o ser mais bondoso e poderoso do Universo.
Ele é o criador de tudo o que existe: dos minerais, das plantas, dos animais, das pessoas.
Esse alguém é chamado carinhosamente por todos nós de Deus.
Deus, nosso Pai Maior não nos abandona e está sempre pronto a nos ajudar. Conheçamos agora a história de Zezinho.

Zezinho era um menino de sete anos e muito esperto; mas, tudo era motivo para que ficasse cismado.
Certa tarde, ele estava a passear na praça com sua mãe, a Sra. Alice. 
Vejam o que Zezinho disse:
-Mamãe, quero ver Deus.
D. Alice respondeu:   
-Filho, por enquanto não podemos ainda ver Deus, pois somos seres em evolução. Não estamos preparados para ver Deus.
-Como assim?
-Cometemos ainda muitos erros e Deus é perfeito. Só veremos Deus quando tivermos merecimento.
-Quer saber, mamãe? Acho que a senhora não está dizendo a verdade.
-Não diga isso, filho.
De repente, começou a ventar bastante.
Zezinho exclamou:
-Nossa, que vento!
D. Alice aproveitou a ocasião e disse:
-Que vento, Zezinho? Não estou vendo vento nenhum!
O menino logo respondeu:
-Mamãe, a gente não pode ver o vento, mas ele existe. Veja como nossos cabelos estão balançando! Podemos sentir o vento, mas não o vemos.
-Está vendo, filho? Deus também nós não vemos, mas sentimos.
-Como mamãe?
-Sentimos Deus no coração. Sempre que praticamos o amor e a bondade, Deus se faz presente em nós, dando-nos uma deliciosa sensação de alegria. É assim que sentimos Deus.
Repentinamente, uma menininha de dois anos veio correndo e trombou com Zezinho. Caiu e começou a chorar. O menino, muito preocupado com a garotinha, ajudou-a a levantar, tirou um lenço que carregava no bolso da bermuda, e com carinho enxugou os olhos dela, dizendo:
-Não foi nada. Venha, vou ajudá-la a voltar perto de sua mamãe. E, carregando-a no colo, entregou-a a D. Ana, mãe da menina, que já se aproximava.
Ana agradeceu muito e, beijando o menino na fronte, despediu-se dizendo:
-Obrigada, garoto. Deus o abençoe por ajudar minha filha a levantar!
Zezinho, emocionado, falou à D. Alice:
-Mamãe, acho que acabei de sentir Deus em meu coração... Estou tão feliz por ter ajudado aquela menina! Nunca mais amolarei a senhora, dizendo que quero ver Deus.
A Sra. Alice respondeu:
-Filho, pode ter a certeza que Deus realmente está com você.
E, olhando para o Céu, disse:
-Obrigada, Senhor!


Maria Nilceia

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