Lilita... Assim a
chamavam… Ela tinha nove anos. Com apenas essa idade, já usava a
mentira para se beneficiar no que desejava. Ela tinha uma amiga chamada
Francisca, muito boazinha, que não via maldade em ninguém. Francisca
rezava sempre e acreditava na bondade de Deus.
Lilica,
com o coração manchado pela maldade, quando percebia que Francisca fazia
amizade com outra criança, ela já se interpunha na relação amistosa e
caluniava Francisca. Querem saber de que maneira?
Assim
que tivesse uma oportunidade, dizia à criança em questão, que Francisca falava
mal dela. E aí a nova amizade de Francisca ficava desfeita pelo afastamento da
nova amiga. Francisca se questionava: porque ela se afastou de mim?
Eu não lhe fiz nada de mal.
Na
verdade, Lilita era egoísta e ciumenta na questão de amizades e não percebia os
estragos feitos. Essa triste situação perdurou durante toda a adolescência, até
que uma adolescente, que tratava mal Francisca, percebeu que Francisca era uma
jovenzinha boa. E num encontro em que as duas estavam sós, Francisca se
encorajou e perguntou:
-Por
que você me trata mal?
A
resposta que ouviu foi:
-Porque
Lilita me disse que você fala mal de mim.
Francisca
esclareceu:
- Eu
nunca falei mal de você e sempre quis a sua amizade.
Com
esse diálogo, a amizade se concretizou e perdurou por todo o restante da vida
delas. Quanto à Lilita, ela perdeu a amizade de Francisca e nunca ficou
sabendo o motivo.
-
Mamãe, quero ser como Francisca e não como Lilita.
Assim
disse Paulinha, filha de Alice, quando Alice leu essa história para ela.
Vovó
Catarina
